Este texto resume de forma algo irritante as idéias mais comuns sobre a indústria americana de quadrinhos. Acho que a coisa que mais me incomodou é o tom nostálgico do texto, que via os quadrinhos como inocentes antes e geniais nos anos 80.
E isso não é verdade. Os quadrinhos - principalmente da Marvel - eram bastante preogressivos em relação ao resto da cultura popular dos anos 60. E os quadrinhos de hoje são muito supériores aos dos anos 80. Tirando os exemplos de sempre - a sagrada trindade Maus, Cavaleiro das Trevas e Watchmen e mais um punhado de títulos - os quadrinhos dos anos 80 eram tão cretinos e sem graça como a média de hoje.
Para quem só lê os títulos publicados no Brasil, a impressão de superioridade dos anos 80 é compreensível, já que as coisas mais interessantes de hoje não são lançadas ou demoram anos até chegarem às bancas - quando o clima cultural que tornava as histórias interessantes já passou (o caso de The Invisibles) ou as inovações já apareceram absorvidas e diluídas em títulos inferiores, mas publicados antes por aqui (The Authority)